Lá vai convite para um exercício: tente registrar como é seu dia de trabalho. Sim: anote tudo o que você faz, associando o tempo consumido em cada tarefa. Mas não foque apenas nas atividades relacionadas às suas obrigações profissionais, ok?
Anote também quanto tempo gastou no cafezinho para começar bem o dia, os minutos que levou para ouvir do colega de trabalho sobre o happy hour que você não pode ir ou a opinião da amiga da baia ao lado sobre o último capítulo da novela.
Cronometre o almoço, o lanchinho da tarde e até os dois (ou três ou quatro) cigarros diários no fumódromo. Também inclua os minutos usados para navegar naquele site de entretenimento que tanto gosta, enquanto espairecia um pouco.
No fim das contas, vai constatar que uma boa parte do seu dia não foi dedicado ao trabalho para o qual você é contratado.
É claro que quem fica 8, 9, 10 horas (às vezes até mais) dentro de uma empresa pode (e deve) se permitir intervalos para relaxar – é consenso que ninguém consegue produzir em tempo integral, por tantas horas seguidas.
Mas se você tivesse a chance de sair mais cedo – ainda durante a tarde, que tal? – para aproveitar parte do dia do jeito que quiser, será que seus hábitos não seriam diferentes? Temos certeza de que sim!
Certamente, iria focar nas demandas que têm a cumprir naquele dia, a fim de ter mais tempo livre para atividades que são só suas – frequentar a academia, passear com o cachorro no parque, ficar mais tempo com os filhos, ler um livro com calma e por aí vai.
O El Pais relatou experiência similar que vem sendo adotada há sete anos numa empresa espanhola, em Madri. Na Iberdrola, os cerca de 9 mil funcionários trabalham das 7h15 às 14h15 (há uma flexibilidade de 45 minutos), num sistema de jornada intensiva.
Ganhou a empresa, que melhorou sua produtividade e reduziu faltas e acidentes de trabalho; ganharam os funcionários, que agora aproveitam melhor o tempo para ir embora no meio da tarde.
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Não aprendemos com pesquisas, nem com indicações de gurus do RH. Descobrimos que manter o foco nas demandas a serem cumpridas significa menos horas na frente do laptop.
Aprendemos que é perfeitamente possível cumprir todas as tarefas, consumindo-se muito menos tempo, o que nos garante mais momentos livres do relógio.
O que fazemos para aumentar a produtividade?
Nessas situações, ignoramos todos os apelos das redes sociais, não puxamos conversa com ninguém nos chats, nem ficamos navegando nos mil e um sites que costumamos acompanhar. Até o e-mail é mais controlado – damos atenção só ao que é extremamente necessário.
É assim o tempo todo? Não, não é. Mas quando lembramos que temos uma cidade nova a ser explorada, fazemos de tudo para evitar distrações e conseguir terminar o trabalho do dia o quanto antes. Afinal, somos donos dos nossos horários. E queremos aproveitá-los da melhor maneira possível.
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Vale muito a pena ler a matéria do El Pais, que traz uma série de bons argumentos para se melhorar a produtividade e ficar menos tempo na frente do computador.
foto: Emilio Küffer | flickr | creative commons
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