Como fazer o dia de trabalho acabar às 4 da tarde

Simple, near the sea and center, A4 [Hvar, Croácia]

O sonho de consumo de 10 entre 10 pessoas que enxergam a lua quando saem do trabalho é ter a chance de passar o crachá na catraca de saída ainda com sol vibrante. Pelo menos era o nosso caso, desde a hora em que o pôr do sol começa seu espetáculo através da janela até a hora de entrar no carro depois de um dia puxado.

Hoje a realidade é bem diferente. Ou melhor: PODE ser bem diferente, se quisermos. Como donos da própria agenda, sem necessidade de cumprir horários estabelecidos por contratantes, podemos nos dar o direito de terminar o expediente ainda durante a tarde.

Não significa, porém, produzir menos que o meu colega que segue no esquema corporativo. Durante a semana, poderemos alcançar o mesmo rendimento, só que de maneira diferente.

Se todos os dias ele trabalha 6 horas (mais 2 de almoço), no fim da semana terá 30 horas dedicadas às responsabilidades profissionais. Entretanto, sabemos bem que a conta não é tão redonda assim. Desse total, boa parte foi dedicada a pausas, cafezinhos, visita ao fumódromo, um papo aqui, outro ali e assim por diante – ok, a rotina puxada pede essas pequenas intervenções.

Nós, igualmente, alcançaremos a mesma meta de entregas (na verdade, a meta estabelecida por e para nós, mas isso é tema para outro texto), só que de um jeito diferente.

Sempre que queremos, podemos desligar o computador às 15, às 16 horas ou qualquer horário predefinido porque desde o início do dia privilegiamos duas palavrinhas mágicas: foco e produtividade. Passamos algumas horinhas extremamente dedicados aos projetos que tocamos, sem distração alguma.

Ao abrirmos mão do mundo corporativo, abrimos mão também das pausas, dos cafezinhos, dos papos no corredor em prol de algo que queríamos bastante, que é justamente ter mais tempo livre para nós mesmos.

Fazemos jornadas mais intensas, sem interrupções ou adiamentos, com menos horas, justamente porque focamos demais no que estamos produzindo naquela janela de tempo. Isso quer dizer que no fim do nosso “expediente” entregamos tanto quanto o colega de crachá, mas numa jornada reduzida.

Sentimos falta dessas intervenções corporativas durante o dia? Não de todas, essa é a verdade. Do que temos saudades, damos um jeito e as adaptamos à nossa nova realidade – seja um café feito na hora ou uma conversa virtual com o amigo – aquele, que continua na empresa e tira alguns minutinhos para bater um papo rápido com a gente durante o expediente dele.

Navegar