Para calcular quantos dias, matemática!

Nem precisa ser turista profissional para saber que uma viagem começa bem antes de embarcar no avião. Definido o destino, resta a maravilhosa tarefa de planejar o roteiro. Às vezes, a diversão vem desde o momento que estamos escolhendo lugar(es) para visitar.

Durante muitos anos, férias eram motivo de alegria extrema, a chance de viajar para algum local bacana, conhecer gente e culturas diferentes, provar sabores e experimentar realidades que não as nossas. Aí a ficha caía e a verdade deu as caras: eram só 30 dias de férias para abraçar o mundo, depois de outros 11 meses de dedicação à empresa. Batia um tiquinho de decepção. Isso soa familiar para você?

Enquanto empregados, apostávamos no planejamento. Sabíamos quase de cor os feriados do ano para aplicar uma matemática básica, dividindo as férias em dois (ou três, quando possível) blocos de dias, sempre casando com feriado prolongado. Assim, conseguíamos fazer mais de uma viagem por ano. Era a vontade de explorar o globo falando mais alto desde aquela época.

Com a vida wireless assumida, tempo (aquele bem tão valioso que era regrado com a carteira assinada) passou a ser abundante. Poderíamos viajar quanto quiséssemos, porque não havia mais cabos nos prendendo a espaços físicos.

Mesmo assim, a tal da matemática não nos abandonou.

Regra geral, quando planejamos um roteiro, recorremos ao Google, aos blogs, aos reviews e às opiniões de quem já esteve lá. Levamos muito em consideração a quantidade de dias indicada para cada lugar, maaaaas… adicionamos em torno de 50% de tempo no nosso planejamento, horas que provavelmente serão gastas em hotéis, cafeterias ou outros espaços que permitam trabalhar.

A conta é fácil: se você está em uma cidade apenas para turistar, tem todo o tempo do mundo para visitar pontos de interesse, papear no restaurante, andar à toa, sem nem dar bola para o relógio. Quem tem trabalho no meio dessa programação precisa de um tempo extra – um tanto para as tarefas profissionais; outro tanto para conhecer o lugar.

Mas às vezes ignoramos essa lógica e, sem nos prender aos cálculos, ficarmos cindo dias, dez dias, duas semanas em um lugar que nos agrada, simplesmente para ter o prazer de seguir a rotina dos moradores do lugares. Foi assim em Chiang Mai, na Tailândia; na Costa Amalfitana, na Itália; e em Istambul, na Turquia.

Erramos em alguns cálculos? Erramos. Só quando estávamos em Koh Tao, na Tailândia, por exemplo, sentimos que o lugar pede muito mais que os cinco dias que nos hospedamos por lá lá. O mesmo aconteceu em Colônia, no Uruguai: três dias deixaram um gostinho de quero mais no fim da história. Mais que isso, deixou a vontade de uma nova visita para compensar essa “injustiça” com lugares tão legais.

Foto: Adriano Dias | Capadócia, Turquia

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