Halong Bay (ou Ha Long Bay) é, sem dúvidas, um dos lugares mais embasbacantes que já visitamos. Aquela imensidão de água esmeralda, com suas 1.600 ilhas e ilhotas “brotando” no meio do mar, são de tirar o fôlego. Basta lembrar um tiquinho da nossa visita em 2014 para sentir aquele comichão de comprar a primeira passagem que aparecer para o Vietnã com o único intuito de visitar esse destino incrível – mentira, Vietnã tem um monte de pontos de interesse maravilhosos. 🙂
![Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halonb-bay-barco-paredao.jpg)
Fã de dragões que sou, Halong Bay me conquistou de cara, quando descobri a lenda por trás do nome, que significa algo como “onde o dragão desceu”. Segundo a cultura popular, o imperador Jade enviou a Mãe Dragão e seus filhos para protegerem o povo dos invasores que vinham através do mar.
Os animais lendários venceram a batalha com o fogo divino e esmeraldas gigantes que, depois de milhares de ano, se transformaram nas ilhas e ilhotas, enquanto os dragões se tornaram humanos e ajudaram o país a prosperar.
Lendas à parte, a verdade é que os paredões cônicos (chamados limestones) estão distribuídos numa área de aproximadamente 1.550 km² e entraram para a lista de patrimônio mundial, protegidos pela Unesco, em 1994.
E se você já incluiu Halong Bay na sua wishlist ou planeja voltar ao paraíso, sugerimos fortemente que escolha o cruzeiro de 2 noites, em vez de seguir a maioria dos turistas que prefere a opção mais rápida. Se as fotos daqui não convencerem, te contamos o porquê a partir de agora…
![Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-barquinho.jpg)
Halong Bay fica na província de Quang Ninh, a cerca de 170 km de Hanói, de onde parte a maioria dos passeios. O trecho a partir da capital é feito de vans e ônibus e chegar lá demora em torno de 4 horas (a conta não está errada, não – tem parada no caminho, as estradas não são perfeitas, tem que passar em vários hotéis para pegar turistas etc). Somando ida e volta, são em torno de 8 horas dentro de um veículo apertado, o que, por si só, já justifica ficar 2 noites em alto-mar.
![Mãe e filhos em barco em Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-mae-filhos-barco.jpg)
Depois da maratona de 4 horas via asfalto de Hanói até o píer de onde saem os barcos-hotéis, já será mais de meio-dia. No mesmo horário, no dia seguinte, a turma que optar pelo passeio de 1 noite já estará de volta para ser conduzida de volta à capital, ou seja, serão menos de 24 horas em Halong Bay – que, se você também não sabe, faz parte das novas 7 maravilhas naturais do mundo.
![Pôr do sol em Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-barco-por-do-sol.jpg)
A logística é quase sempre a mesma: como a maior parte das pessoas que visitam Halong Bay opta pelo cruzeiro de 1 noite a bordo, o barco maior (todo diferentão, inspirado nos antigos junks chineses) segue uma programação “básica” com todo mundo que se hospeda em cada embarcação – na nossa, havia cerca de 20 pessoas, fora a tripulação. E é só no segundo dia que são oferecidas atividades alternativas.
![Adriano Dias, do Vida Wireless, em Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-barco-adriano.jpg)
Na manhã seguinte, enquanto o resto da turma participa de algumas atividades (falo delas daqui a pouco) antes de tomar o rumo para a capital, quem opta pela estada mais extensa embarca em um barco menor com roteiro diferente. É durante o segundo dia que é possível navegar calmamente por diferentes partes da baía. Aliás, quer “sentir” como é o clima? Dá uma olhada nesse vídeo rápido:
Foi no dia 2 que paramos algumas horinhas para nadar nas águas de cor incrível, enquanto esperávamos o almoço fresquinho ser preparado pela pequena tripulação que nos acompanhava – e que show de refeição, viu? A brincadeira foi repetida durante a tarde.
![Nadando em Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-mergulho.jpg)
Também foi no dia extra que visitamos uma das várias fazendas de pérolas que existem por ali. Ok, era um passeio que classificamos como pega-turista, porque a intenção é sempre vender as joias, mas a visita permitiu conhecer como funciona a produção, que não deixa de ser interessante.
![](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-fazenda-perolas.jpg)
Visitar a maior ilha de Halong Bay (Cat Ba) foi uma experiência e tanto do roteiro mais extenso. Nosso grupo, que naquele dia se limitava a 8 pessoas, teve a chance de pedalar por toda a ilha, percorrer as estradas de terra dos vilarejos, visitar uma escola (e ganhar muitos tchauzinhos das crianças) e ver de perto como é a vida de uma comunidade cercada por água. Ah! Descobrimos que é possível se hospedar na ilha também. As alternativas são bem roots, mas parecem ser uma experiência instigante.
![Pedalando em Cat Ba, em Halong Bay](/wp-content/uploads/sites/4/2017/09/pedal.jpg)
No fim do dia, de volta ao barco, relaxar sem pressa no terraço para acompanhar o pôr do sol foi daqueles momentos que nunca esqueceremos.
![Pôr do sol no barco em Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-por-sol-barco.jpg)
À noite, a calmaria toma conta de boa parte dos barcos, que ancoram praticamente juntos. É verdade que algumas embarcações são mais animadas, espalhando música alta pela vizinhança, mas não chegam a incomodar. Ficar ali no terraço, vendo as luzes das hospedarias flutuantes e dos barcos pesqueiros, trabalhando (contei aqui a experiência desse “escritório do dia” inusitado), foi quase surreal. Ah! Antes do jantar, rola ainda uma aula de culinária, em que ensinam a fazer a versão vietnamita dos rolinhos primavera.
![Halong Bay, no Vietnã, à noite. Glau Gasparetto, do Vida Wireless, trabalhando](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-noite.jpg)
Mas tá… Aí você pergunta o que faz a turma que opta por só uma noite à bordo, né? O passeio não deixa de ser interessante, é claro. Assim que se chega em Halong Bay, a primeira parada é na ilha Bo Hon, onde fica a curiosa Surprising Cave, a mais famosa das cavernas da região. Seguindo os modismos vietnamitas, ela é totalmente iluminada. O passeio dura em torno de 3 horas com muito sobe-desce, cores de beleza questionável e mirantes para a baía.
![Surprising Cave em Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halonb-bay-caverna.jpg)
Outra atividade programada é o passeio de caiaque pelas águas quase transparentes de Halong Bay, que é divertido, sim. O fim da tarde acontece na ilha Tip Tôp, onde está um dos viewpoints mais fotografados de Halong – pena que no dia da nossa visita o céu estava mais fechado. Ali na ilha, você tem duas opções: fica curtindo a praia ou encara os cerca de 400 degraus para conferir o visu lá de cima. A segunda opção cansa, mas vale a pena.
![Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-mirante.jpg)
Já no dia seguinte, uma das últimas atividades que todo mundo faz antes de ir embora, é visitar a vila flutuante onde moram (sim e sim!) pescadores, a Vung Vieng Fishing Village. Os guias contaram que o governo já tentou tirar a turma dali, incentivando a mudança para o continente, mas eles seguem firmes e fortes. E é de ficar com queixo caído olhando toda a movimentação sobre a água: casas com cachorros, redes na varanda, mães guiando barcos com filhos atrás… Vietnã sendo Vietnã, gente!
![Vila flutuante em Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-vila-flutuante.jpg)
Dica: não é por falta de opção de hospedagem que você deixará de visitar Halong Bay. São mais de 200 barcos que cumprem o roteiro. Nós nos hospedamos (e gostamos bastante) no Majestic Halong Cruise, um 3 estrelas na classificação do Booking. Se não quiser reservar com antecedência, todos os hotéis de Hanói oferecem opções para seus hóspedes e conseguem vagas rapidamente. É só escolher o que melhor se adequa ao seu bolso. Ah! E, por favor, cheque as recomendações no Booking e no TripAdvisor para não ter nenhuma surpresa desagradável, ok?
![Barco-hotel em Halong Bay, no Vietnã](/wp-content/uploads/sites/4/2017/08/halong-bay-barco-geral.jpg)
(Fotos e vídeo: Glau Gasparetto e Adriano Dias | Vida Wireless)
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